terça-feira, 30 de agosto de 2016

FOTOS DE LONDRINA ( DÉCADA DE 40 )

a foto de Lopes Londrina. · 


RUA BAHIA - LONDRINA DÉCADA DE 40
FOTO:HARUO OHARA 
ACERVO:IMS

quinta-feira, 28 de julho de 2016

81 ANOS DA CHEGADA DO TREM EM LONDRINA - PR.

Retornando ao dia 28 de Julho de 1935

NIGER MARENA

 Reflexão de um Museólogo



 “O passado é só o que existe! É o único
   capital de que dispomos.”
                                  Anatole France
                                  escritor francês
                                   1844 - 1924




            Iniciava-se o ano de 1935. Em função da Revolução Paulista de 1932 o Presidente Getúlio Vargas convocou em 1933 uma Assembléia Nacional Constituinte. Promulgada em 11 de Junho de 1934 era o texto legal o qual vigorava no país.

          Os trabalhos dessa Assembléia tiveram pela primeira vez a participação de uma mulher: a cientista Berta Lutz. É a primeira constituição que permite o voto feminino. Até então votar era privilégio apenas dos homens.  

         1935 o Brasil não possuía uma indústria automobilística. Nem se cogitava pela fundação da Petrobrás. A Exon e a Shel detinham o “monopólio” em prover o pais de gasolina e diesel. Estradas dignas em se transitar apenas havia a Rio São Paulo. Éramos fornecedores de “matéria prima” para o resto do mundo e comprovamos produtos industrializados.

            Londrina fundada no dia 21 de agosto de 1929 já existia! Desde 10 de Dezembro de 1934 era sede municipal”!  Seu imenso território municipal estendia para além das hoje cidades de Loanda ou Nova Londrina! Fazia fronteiras com os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e com os Municípios de Guarapuava e Tibagi.  O sertanista Benevides Mesquita heroicamente encontrava-se preparando as glebas de onde surgiriam  as atuais cidade de Arapongas e Apucarana.

              Os moradores daquele pequeno povoado no ano de 1935 não ultrapassaria além de umas 600 almas., se tanto.  Não havia água encanada ou rede de esgoto, sequer energia elétrica.  Estradas na verdade eram  picadas que a Companhia de Terras ia abrindo entre as matas para a partição de seus lotes rurais. 
           
          Abria-se as atuais Ruas Duque de Caxias, Maranhão, Souza Naves, movimentada era a Rua 15 de Novembro, atual calçadão. Por ali se espremiam as casas próximas da Igreja Matriz, consagrada por D. Fernando Taddei, primeiro bispo diocesano de Jacarezinho ao Sagrado Coração de Jesus.

          Heróica gente! Havia nelas um sentimento de esperança e de progresso! Dizia-se que breve o trem parado em Jataizinho iria chegar na localidade! O trem! Sem estradas dignas desse nome era o principal veículo para transportar toda a produção agrícola da região. Transportar pessoas e seus pertences, prover o comércio de seus produtos.  A linha telegráfica que o acompanhava era a comunicação com o resto do mundo e do país.

          Todos olhavam com expecativa para aquela “Estaçãozinha” edificada ali onde hoje encontra-se o TERMINAL URBANO DE ÕNIBUS! Entre as Ruas Benjamin Constant com a Avenida Rio de Janeiro. Viam -se os trilhos já assentados e construía-se próximo do túnel, existente no pateo do museu a Casa do Chefe da Estação. Este o funcionário público de maior prestígio em qualquer localidade daquela época.

          No crepúsculo do dia 27 de Julho de 1935 corre célere a notícia por todo o povoado!  Amanhã o trem vai chegar em Londrina!  Engenheiro Willie Davids, Prefeito Municipal  com os Diretores da Cia. de Terras foram pernoitar em Jataizinho para no dia seguinte acompanharem a primeira locomotiva a atravessar a ponte sobre o Rio Tibagi.

          Amanhece 28 de Julho de 1935. Curiosos vão se reunindo no entorno da primeira Estaçãozinha, onde hoje, ergue-se o Terminal Urbano de Ônibus, alguns levam o seu “farnel”  As primeira horas da manhã são “frustantes”!... “Cadê o Trem”?...

       Ele começa a deixar a Estação de Jataizinho por volta das 11 horas daquela manhã. Vem devagar para que as autoridades e convidados possam observar em detalhes a ponte sobre o Rio Tibagi. Fantástica obra de engenharia há 80 anos recebendo todo tráfego ferroviário do Norte do Paraná sem que se registre sob ela qualquer problema!

       Quando todos já se encontram desapontados eis que ouvem um apito!!! É elaaaaa!... A Maria Fumaça! Baldwin 1910 fabricada em Nova York  anunciando sua chegada! Era perto de 3 horas da tarde! Ela finalmente desponta trazendo sobre si as Bandeiras Nacional do Brasil, o qual não mais existe, e da Inglaterra a qual ainda existe.  Fogos pipocam por toda a cidade! Finalmente “ela chegou...”

          81 anos depois, encontramo-nos diante de gerações as quais não viveram esse momento ou sequer sabem o que é hojeandar de trem e da sua importância. Diariamente transitam pelo terminal Urbano de ônibus sem saber que exatamente ali funcionou a partir de 1935 a primeira Estação Ferroviária de Londrina. Que a Avenida Leste Oeste já foi caminho do trem...

         Aqueles primeiros anos da fundação de Londrina os comparo sofridos como um “trabalho de parto”. Toda mulher sofre ao dar a luz a um ser humano todavia a “alegria” em sentir o seu rebento em seus braços as faz esquecer todos os seus padecimentos.

         Londrina não nasceu hoje e nem os que nela habitam hoje a edificaram. Assentamo-nos sob o sofrimento de brava gente pioneira, heróica, destemida, muitos dormem hoje no completo “anonimato”. Lutaram pela vida mas não conseguiram amealhar grandes fortunas mas viveram com “dignidade” sem esmolas de “bolsa escola”, “vale gás”, “bolsa família”...

         Proveram seu sustento com as próprias mãos e cantavam o HINO NACIONAL orgulhosos naquela época em serem “brasileiros”. Sequer imaginavam de que seu tão belo país deixaria de existir a partir de alguns de suas gerações.

         Muito do que aqui consignei ouvi de minha avó materna, de minha mãe e tias heróicas mulheres as quais  acompanharam meu avô, desde Belo Horizonte ao inóspito Norte do Paraná a partir do ano de 1924. Geraram um descendente o qual 81 anos depois, tenta perpetuar amemória dessa  brava gente, a qual a natureza já não fabrica mais. Peroro: 
       
                                               

    “Sem  fé  a  vida  perece.
      Sem amor ela sequer
      existe.”
     




Dado no silêncio dos termos do Museu de Geologia e Paleontologia
Território do Departamento de Geociências da UEL
Antigos termos da Fazenda do Dr. Mabio Palhano
“in fine” Calendas Júlia  de 2016  DC –                      
3. 3 6 9   anos de Memphis Annum da  AMORC      Rosae Crucis.


                                                                     28 de Julho de 2016

quarta-feira, 13 de julho de 2016

JOSÉ RICHA COM BETO RICHA ( HISTÓRIA DA SANEPAR )

OSVALDO MILITÃO - FOLHA DE LONDRINA.

Para a história da Sanepar

Ontem pela manhã, em Curitiba, o governador Beto Richa participou do ato em que a Sanepar fez a ligação de água de número 3 milhões. O movimento histórico pode ser relacionado a um outro fato marcante: em janeiro de 1974, a Sanepar realizou a primeira ligação de água em Londrina. Na época, José Richa era prefeito da cidade e o governador Beto Richa tinha aproximadamente oito anos de idade, e também participou da cerimônia. 

Divulgação
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O governador Beto Richa no ato histórico de ontem na Sanepar


Divulgação
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O governador do Paraná, ainda garoto, com o pai, José Richa, que era prefeito de Londrina em 1974

sexta-feira, 8 de julho de 2016

PATRIMÔNIO HEIMTAL DE LONDRINA

FOLHA DE LONDRINA.

Um passeio pela história do Patrimônio Heimtal

Principais pontos da tradicional comunidade localizada na zona norte serão percorridos no domingo

Fotos: Saulo Ohara
Capela São Miguel Arcanjo: palco de muitas celebrações que até hoje povoam as memórias dos pioneiros


Casa de madeira, construída em 1931, abrigava a Escola Alemã

Os traços alemães ainda estão por todo lado no Patrimônio Heimtal, na zona norte de Londrina. Uma das primeiras colonizações rurais formadas em Londrina ainda preserva muito de sua história, enraizada na cultura alemã. Parte dessas memórias serão relembradas pelo Circuito Histórico, uma caminhada que será realizada no próximo domingo (10), a partir das 8h30, e vai percorrer os principais pontos da tradicional comunidade. A ação é fruto de parceria entre o grupo de trilhas Londrinapé e a Secretaria de Municipal de Educação. 
O Heimtal foi selecionado por ser o primeiro núcleo rural marcante para o início da cidade de Londrina. E para começar o "tour" recheado de boas histórias, a passagem pela Escola Municipal Padre Anchieta é quase obrigatória. Por lá, ainda está de pé parte da construção de madeira levantada em 1931, quando foi fundada como Escola Alemã. A casa arquitetada ao estilo do país europeu hoje serve de anexo ao prédio de alvenaria construído posteriormente e que atende 460 alunos, a maioria filhos de moradores do próprio patrimônio. 
"A escola daquela época não era só escola, servia para encontros religiosos bailes e confraternizações. E nós, de certa forma, temos uma preocupação de manter pontos dessa tradição. Uma das coisas que a gente preserva é essa cultura muito forte antigamente de receber famílias inteiras aqui", citou o diretor da escola, Elias Vilas Boas, que está à frente da instituição há 14 anos. 
A escola, que completa 71 anos neste mês, mantém um trabalho de preservação de sua história e também do patrimônio. Um trabalho que vai detalhar a linha do tempo do patrimônio está em fase final de produção e tem previsão de término para o ano que vem. O processo de tombamento da antiga casa de madeira também está em andamento há mais de dez anos. "Aqui praticamente começou o ensino na cidade de Londrina e por isso brigamos muito pela preservação de tudo que resgatamos", pontuou o diretor. 

ACONCHEGANTE
Saindo da escola, vale também a conhecer a Capela São Miguel Arcanjo, erguida em 1933. A construção pequena, mas aconchegante, foi palco de muitas celebrações que até hoje povoam as memórias dos pioneiros. A ex-trabalhadora rural Nair Caponi Fatoleni, de 83 anos, até se emociona ao falar do cantinho onde faz suas preces e agradecimentos todas as semanas. "Essa Igreja é tudo na minha vida", resumiu. 
Ela foi uma das primeiras catequistas. "Tenho só uma filha, que casou e teve um casal de filhos. E hoje eles são do coral de cantos. É uma ligação muito forte", destacou. "Lembro que meu pai comprou um lampião e, como não tinha luz naquela época, ele levava para iluminar a igreja. Ele saía com o lampião pelas ruas e o pessoal vinha atrás, por que já sabia que era hora de ir para igreja", recordou a pioneira.

Rafael Souza
Reportagem Local

Moyses Leonidas JORNAL DO-MEIO-DIA TV TROPICAL

éramos uma espécie de voz da cidade, debatendo o nosso dia a dia! Achei essa foto do final dos anos oitenta, que é parte da história da televisão em Londrina. Compartilho com os amigos no face, e com uma grande parte dos eleitores daqui, e de todo norte do estado, que me mantiveram por longos anos na vida pública... Abraços!!!



segunda-feira, 20 de junho de 2016

FARINA ESCREVE SOBRE O INÍCIO DE LONDRINA E DO NORTE DO PARANÁ





























DEVEMOS MUITO   ESTE TREM E A ESTA FERROVIA... NÃO ESQUEÇAM DISSO...








































O TREM TROUXE COM SEGURANÇA OS PIONEIROS... AS PRIMEIRAS SEMENTES.. ANIMAIS... E EXPORTOU AS NOSSAS PRIMEIRAS SAFRAS...
























A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA ERA O CENTRO DAS ATENÇÕES DE TODOS..  TODOS QUERIAM SABER QUEM CHEGAVA E QUE SAIA.. LIGAÇÃO DIRETA COM SÃO PAULO...
































NO INÍCIO UM PEQUENO POVOADO.. MAS HABITADO POR HOMENS E MULHERES DE FIBRA.. TÊMPERA DE AÇO...




























ESTE BARRO FICOU IMPREGNADO NO PÉS E NO CORAÇÃO DE TODOS OS PIONEIROS QUE APRENDERAM A AMAR ESTA TERRA ROXA... A MELHOR DO MUNDO...
































OBRIGADO INGLESES.. VOCÊS ACREDITARAM NO POTENCIAL DESTA REGIÃO..  NESTA TERRA.. NESTE CLIMA..  NESTA GENTE..... ( E DEU CERTO )
































COM MUITA FÉ E TRABALHO.. AS FAMÍLIAS FORAM PROSPERANDO.. A CIDADE MELHORANDO.. O PROGRESSO CHEGOU.. AQUI  DE FATO É O MELHOR LUGAR DO MUNDO PARA SE VIVER....

quinta-feira, 19 de maio de 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

Histórias e memórias do café no norte do paraná


Museu Histórico de Londrina promove diversos eventos culturais, gastronômicos e educacionais para celebrar a 14ª Semana Nacional de Museus

Marcos Zanutto
A "Vivência na lavoura do Café" será encenada por alunos da UEL aos participantes da visita guiada no Museu hoje e amanhã

A cultura cafeeira que tornou Londrina conhecida mundialmente será lembrada em diversas atividades educacionais e culturais promovidas na cidade até domingo. Exposições, palestras, visitas guiadas a pontos turísticos, oficinas, lançamento de livros, exibição de documentários, apresentações artísticas e feira gastronômica marcam a programação criada pelo Museu Histórico de Londrina em parceria com a Associação Rota do Café para celebrar a 14ª Semana Nacional de Museus. 

Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibran), a Semana Nacional de Museus tem como objetivo divulgar a imagem e as ações desenvolvidas pelos museus brasileiros e convidar a comunidade a refletir sobre assuntos diversos. Neste ano o evento tem como tema "Museus e Paisagens Culturais", proposto pelo Conselho Internacional de Museus (Icom). Participante de todas as edições do evento, o Museu Histórico de Londrina se uniu à Associação Rota do Café para celebrar paralelamente a Semana do Café, criada para valorizar a identidade brasileira, por meio da cafeicultura e do turismo e com isso fortalecer a imagem do Norte do Paraná, promovendo a Rota do Café, enquanto produto turístico e patrimônio regional. 

A diretora do Museu Histórico de Londrina, Regina Célia Alegro, destaca que o café está relacionado com o tema da Semana dos Museus, e também com a identidade, memória e história da cidade e do Norte do Paraná. "Por isso optamos por articular os dois eventos juntos, multiplicando os eventos e as oportunidades para os convidados usufruírem aqui no Museu. Todas as atividades terão entrada gratuita, e a programação está muito rica, para o público de todas as idades", ressalta. Segundo ela, o público tem sido crescente a cada edição do evento. "No ano passado, recebemos cerca de cinco mil pessoas durante a Semana Nacional dos Museus", enfatiza. 

A edição do evento neste ano será aberta hoje, às 8h30, com uma palestra do professor Dr. Eduardo Romero de Oliveira, que abordará o tema "Holding the line": a preservação dos bens ferroviários e sua difusão cultural no Brasil. O palestrante possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (1990), mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, pesquisador de temas relativos a patrimônio cultural, história dos transportes e memória. Nos últimos anos tem desenvolvido pesquisa sobre patrimônio industrial ferroviário (identificação, preservação e gestão), com colaboração de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. 

Das 14h30 às 17 horas, será promovida uma visita guiada no Museu Histórico com encenação da "Vivência na lavoura do Café", na qual alunos da Universidade Estadual de Londrina mostrarão aos visitantes por meio de objetos do acervo do Museu como era o cotidiano dos cafeicultores de Londrina e região. A programação do dia será encerrada às 19 horas, com um bate-papo liderado por empreendedores da Rota do Café. O encontro marca o lançamento da Semana do Café e acontece no Sesc Cadeião Cultural, localizado na rua Sergipe, 52, com entrada franca. 

Amanhã, a programação cultural do evento conta novamente com a visita guiada "Vivência na lavoura do café", das 8h30 às 11h30. Às 14h30, o ator Rafael Garcia encena a "Performance dos Esquecidos". Às 16 horas, acontece o lançamento do livro "José do Egito", literatura de cordel escrita por Francisco Garbosi. A agenda de quarta-feira inclui ainda uma apresentação musical da Mostra de Canto Lírico agendada para às 20 horas. 

Uma exibição do documentário "Ouro Verde – Memórias da Cidade do Café", dirigido por Fábio Cavazotti será realizada na quinta-feira, às 20 horas. Na sexta-feira, às 10 horas, tem apresentação da peça teatral "O Gato Caixeiro na Rota do Café". No sábado, às 15 horas, será exibido o filme "Geada Negra", em parceria com o projeto CineSesc Londrina. Às 19 horas, acontece uma apresentação musical do Grupo de Acordeon Evelina Grandis com participação de Rafael Garcia. 

No decorrer da semana serão realizadas oficinas de café especiais com os baristas e especialistas ensinando a arte de experimentar café de qualidade e oficinas de arte para crianças. A área gastronômica será complementada com uma Tenda dos Sabores que será montada de sexta-feira a domingo, onde serão apresentadas receitas especiais aos visitantes. Nos mesmos dias haverá a Vitrine Rota do Café, com um feirinha de produtos da Rota do Café. Todas as atividades são gratuitas e serão realizadas no Museu Histórico de Londrina. A programação completa do evento está disponível nos sites www.rotadocafe.tur.br e guiadaprogramacao.museus.gov.br. 

Serviço:
14ª Semana Nacional dos Museus
Quando – De hoje a domingo
Onde – Museu Histórico de Londrina (R. Benjamin Constant, 900)
Quanto – Gratuito
Marcos Roman
Reportagem Local